Escrever, deixar correr a mão... Contar histórias, narrar, traduzir. Proteger nossas florestas, nossos índios, nossa cultura, nossa arte e nossos artesãos. Escrever, sempre!
sábado, 31 de janeiro de 2015
sexta-feira, 30 de janeiro de 2015
Carta de verão
Quem nasceu primeiro não fui eu nem você.
Quem nasceu primeiro foi a árvore centenária que suspira ali ao lado da jaqueira.
Quem nasceu primeiro foi a árvore centenária que suspira ali ao lado da jaqueira.
Junto ao telhado cresceu o pé de flamboyant misturado aos
musgos do muro alto e branco lavado pelo tempo.
Quando você veio morar comigo as mangueiras ainda davam
flores e os sabiás
chegavam cedo, diferentemente das cigarras.
Estamos mais velhos.
O sol ainda arde nas narinas molhadas de sal.
Nunca nos surpreendemos tanto com os gestos humanos como
agora.
Mandarei um recado aos anjos do universo:
Por aqui - entre a água e a luz - corre a insanidade sem
moderação.
(Mas, o solo ainda respira fértil.)
Rio de
Janeiro, 30.01.2015.
quarta-feira, 28 de janeiro de 2015
domingo, 25 de janeiro de 2015
sábado, 17 de janeiro de 2015
quinta-feira, 15 de janeiro de 2015
Traduzir, Testemunhar Francis Ponge
ÍNDICE
Traduzir, testemunhar .................................................17
I
TRADUÇÃO E TESTEMUNHO
1. O percurso da leitura ................................................ 23
2. O poeta em versos .................................................... 39
3. A fabricação em processo .........................................49
4. As cartas em detalhe .................................................63
5. A aranha e a cabra: figuras de escrita ......................72
II
ASPECTOS DELICADOS DA TRADUÇÃO
1. A escrita como um dom ......................................... 83
2. As relações entre psicanálise e tradução ................ 88
3. Sutilezas do inconsciente do tradutor ................... 100
Notas ....................................................................... 105
Sobre a autora .......................................................... 117
OBS:
Divulgo o livro editado pela Lumme com apoio da Faperj. À venda na livraria Cultura desde dezembro de 2014.
http://www.livrariacultura.com.br/p/traduzir-testemunhar-francis-ponge-42745887
Traduzir, testemunhar .................................................17
I
TRADUÇÃO E TESTEMUNHO
1. O percurso da leitura ................................................ 23
2. O poeta em versos .................................................... 39
3. A fabricação em processo .........................................49
4. As cartas em detalhe .................................................63
5. A aranha e a cabra: figuras de escrita ......................72
II
ASPECTOS DELICADOS DA TRADUÇÃO
1. A escrita como um dom ......................................... 83
2. As relações entre psicanálise e tradução ................ 88
3. Sutilezas do inconsciente do tradutor ................... 100
Notas ....................................................................... 105
Sobre a autora .......................................................... 117
OBS:
Divulgo o livro editado pela Lumme com apoio da Faperj. À venda na livraria Cultura desde dezembro de 2014.
http://www.livrariacultura.com.br/p/traduzir-testemunhar-francis-ponge-42745887
terça-feira, 13 de janeiro de 2015
domingo, 11 de janeiro de 2015
Reflexões em 11 de janeiro de 2015
Em qualquer lugar do mundo, do mundo dito civilizado, ouvimos
em uma mistura de vozes o clamor pelos direitos humanos. São as muitas línguas
e costumes que nos alcançam e promovem reflexões distintas. Esse clamor, que não
é necessariamente político, é, antes de tudo, humano.
Os avanços científicos e tecnológicos, que tanto podem ajudar
ao homem de nosso tempo, não só promovem benefícios sociais aos nossos dias. Ao
contrário, eles muitas vezes complicam e invadem o nosso dia a dia! Eu diria
até mesmo que mudaram as regras do viver pois, agora, habitamos ao lado de
computadores e celulares mas não mudamos ainda o suficiente nossa própria vida
beneficiada por tantos aparelhos.
A urgência nesse momento é grande, e a luta se faz também entre
os poderes econômicos e os órgãos que tratam da ética e da moral humana. Vai
ser preciso o exercício de uma prática livre e responsável.
As solidárias manifestações vividas na França e assistidas e partilhadas
no mundo traduzem o desejo de muitos. Não só a Europa e os países europeus
dizem o que pensam sobre os atos terroristas, como o mundo muçulmano se manifesta
junto com os judeus e os cristãos afirmando que “somos livres” e “não, não queremos
a violência, nem a aprovamos!”
Precisamos olhar a diferença humana e respeitá-la antes de
tudo. Precisamos promover a educação e a saúde dos homens de qualquer raça e
credo. Sim, é preciso cuidar dos imigrantes que chegam aos países mais
desenvolvidos buscando uma vida mais digna.
Sim,
Oui,
Yes,
Sí,
Ja,
Não às armas que proliferam no mundo!
Não aos interesses econômicos antes dos interesses humanos!
Je suis Charlie!
Je suis Elsa Cayat!*
Eu sou Alex!**
*Psicanalista assassinada no atentado ao Charlie Hebdo. Escrevia a crônica: "Charlie Divan".
**Jovem universitário assassinado, na última quinta-feira, no ponto
de ônibus da zona sul no Rio de Janeiro.
sábado, 10 de janeiro de 2015
Soneto (em exercício)
Soneto do sorriso
De longe a
imagem está distante.
De perto Ela
se mantém em confraria.
É azul o
xale de algodão e não se separa do restante.
O sorriso da
Virgem se descobre honraria.
Na igreja da
Sicília esquecemos de fazer um pedido.
O silêncio de
repente se impôs.
O menino no
colo é familiar e comedido.
E parece
estar confortável ali onde se compôs.
A mulher que
o carrega oferece o seio.
Não se
distingue de outras mães.
O brilho do
olhar desta Senhora é esteio.
Penetra o
pensamento mais longínquo.
O sorriso
não é qualquer:
Mona Lisa se
surpreenderia (ele é oblíquo).
quarta-feira, 7 de janeiro de 2015
Poema
RELÓGIO
As horas das
manhãs de domingo ao redor.
O relógio
oito recomeça.
Bate o tempo
das ruas.
Os pés
inchados anunciam a seca.
A chuva e o
sol não se misturam.
Relembro a
infância em Manaus.
Lá os homens
trabalhavam no verão nas plantações de abacaxi.
Descansavam no embalo da rede mascando tabaco.
Os poetas do
norte e nordeste examinam o verso a cada romaria.
O pranto
lhes chega de repente.
E, embora os
olhos pisquem, não dão conta da maré cheia.
À margem do
rio Negro a areia é alva.
O relógio bate
sete horas.
A boca sem
segredos sente angústia.
Mais de sessenta
anos...
Enfrento a
esperança
Revejo espaços da infância
(os pés
cansados de correr na grama
e um copo
d’água engolido de uma só vez!)
5 de janeiro
de 2015.
segunda-feira, 5 de janeiro de 2015
domingo, 4 de janeiro de 2015
sexta-feira, 2 de janeiro de 2015
Recomeço:
As areias e o vento se movem...
Caminhar caminhar
As horas do dia correm
Os braços respiram a luz
Os músculos agradecem
Sentir os dedos dos pés
no chão
Alongar
A energia alcança o alto da cabeça
caminhar caminhar
pedalar pedalar
nadar nadar
Relaxar, relaxar
Ler sempre ler
e volver aos clássicos
(Que 2015 seja um ano
que inspire responsabilidades
e respire respeito ao próximo!)
FELIZ ano novo a todos!
Caminhar caminhar
As horas do dia correm
Os braços respiram a luz
Os músculos agradecem
Sentir os dedos dos pés
no chão
Alongar
A energia alcança o alto da cabeça
caminhar caminhar
pedalar pedalar
nadar nadar
Relaxar, relaxar
Ler sempre ler
e volver aos clássicos
(Que 2015 seja um ano
que inspire responsabilidades
e respire respeito ao próximo!)
FELIZ ano novo a todos!
Em 1 de janeiro de 2015. Final do Leblon.
Assinar:
Postagens (Atom)